sexta-feira, 18 de julho de 2008

DESENCANTO


Eu já não sei se a porta que procuro
Seria realmente de entrada ou de saída...
Ou se haveria mesmo um porto seguro
Para quem zarpa cansado desta vida...

Já não me encantam as belezas da terra
Nem me prendem as ambições humanas.
Os homens, em sua eterna guerra,
Me parecem criaturas insanas...

Eu gostaria, em suma,
De ser coisa nenhuma
E misturar-me ao pó...

Não seria a tristeza
A triste certeza
De se estar só?


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