terça-feira, 30 de novembro de 2010

SEMEADOR

Somos responsáveis pela colheita de flores ou espinhos,
Pelo sorriso espontâneo ou pelas lágrimas sentidas.
Afinal, somos nós que escolhemos os nossos caminhos
E as pessoas que são importantes em nossas vidas...

Se não damos o devido valor àqueles que nos querem
E nos cercamos de projetos e pessoas pequeninhas,
Não poderemos reclamar das coisas ruins que vierem
Ou de sermos tratados como simples ervas daninhas!

Podemos optar entre uma vida de aparências ou de emoção,
Sabendo que nossos atos provocarão sempre uma reação
Que pode ser extremamente violenta ou muito serena...

Para que nossas vidas não se tornem ilhas desertas,
Precisamos sabiamente escolher as pessoas certas
E dar valor real somente àquilo que vale a pena!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VERACIDADE

Essa verdade tem nexo
E, sem dúvida, não falha:
Na hora de fazer sexo,
O amor só nos atrapalha...
REVELAÇÃO

Deixe a tolice de lado
E entenda essa verdade latente:
Quem se apega ao passado
É porque não gosta do presente.
GERMINAL

Quando o teu presente não agrada
E o passado vira um estorvo,
Faça da tua história página virada
E recomece tudo de novo...
MODERNISMOS

Com o tempo o amor constrói
O melhor dos mundos.
Mas vem o orkut e o destrói
Em alguns segundos...
HORA DA PARTIDA

Não penses que esse dia assim triste e cinzento
É apenas uma conseqüência das chuvas de verão.
É a natureza chorando tua ausência, num lamento,
Já adivinhando a imensa dor da minha solidão!
BAGAÇO POÉTICO

O poeta é como uma laranja espremida.
Por mais que o transformem em bagaço,
Ainda assim buscará um sonho na vida
Que recomponha o seu rumo, seu traço...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DR. MODESTO

Teve uma época em que estudei
E por fim acabei fazendo direito.
Mas pouco depois eu me formei
E atualmente eu só faço perfeito!
AMOR PRÓPRIO

Antes que a paixão cause dor
E te humilhe ou te oprima,
Jogue na lata de lixo o amor
E mantenha a auto-estima!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SIMPLES AMANTES

Ah... Tu nunca poderás reclamar de nada,
Pois jamais fomos deveras enamorados.
E tu não tinhas a intenção de ser amada,
Pois éramos, no máximo, dois safados...

Tu me oferecias faceira todos os encantos
De tuas tenras carnes, do teu seio macio...
Rolávamos assim pelo chão, pelos cantos,
Como duas feras enlouquecidas pelo cio...

Das curvas do teu corpo eu era alegre hospedeiro
E vivíamos então, sem quaisquer deveres,
Nossa busca incansável e frenética dos prazeres!

Talvez dentre todos os amores o mais verdadeiro
Seja esse louco amor de lençóis encharcados
Por corpos que se enroscam descompromissados!