terça-feira, 9 de novembro de 2010

SIMPLES AMANTES

Ah... Tu nunca poderás reclamar de nada,
Pois jamais fomos deveras enamorados.
E tu não tinhas a intenção de ser amada,
Pois éramos, no máximo, dois safados...

Tu me oferecias faceira todos os encantos
De tuas tenras carnes, do teu seio macio...
Rolávamos assim pelo chão, pelos cantos,
Como duas feras enlouquecidas pelo cio...

Das curvas do teu corpo eu era alegre hospedeiro
E vivíamos então, sem quaisquer deveres,
Nossa busca incansável e frenética dos prazeres!

Talvez dentre todos os amores o mais verdadeiro
Seja esse louco amor de lençóis encharcados
Por corpos que se enroscam descompromissados!

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