segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ROBÔ

Como eu queria ser um revolucionário da França
E sair por aí decepando a cabeça dos burgueses...
Ou partilhar o sentimento de aventura e esperança
Que atirava pelos mares os antigos portugueses...

Talvez para fugir do absurdo e inevitável inferno
De saber que meus sonhos são pequenos demais,
Tornei-me um insólito e triste homem moderno
Perdido em inúmeras e tolas aventuras virtuais!

Sinto-me apenas um número, pretenso ser racional,
Controlado por essas máquinas insensíveis e frias
Que me transformam em mero projeto social...

E eu tenho minha alma fortemente triturada
Pelas engrenagens emperradas e sombrias
Desta enfadonha sociedade massificada!

Quando finalmente soltarei um grito forte
De absoluta independência ou morte?

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