quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DA DITADURA DAS LEIS

I

Não faz o menor sentido
Ficarem criando leis a esmo,
Pois isso levará o homem
A ser prisioneiro de si mesmo!

II

Se todos os homens culpas tiverem,
Aqueles que detêm o poder
Poderão a qualquer hora prender
Os adversários que quiserem!

III

Vendo tantas leis absurdas,
A única coisa que eu sei
É que começo a ter simpatia
Pelo dito fora-da-lei!

IV

São tantas as leis tentando coibir o sexo
Entre homem e mulher, que ficamos desconfiados:
Tanta proibição apenas teria algum nexo
Se todos os deputados do mundo fossem veados!

V

Essa mania de criminalizar tudo
Apenas expõe a lei à chacota
E faz com que o homem, além de mudo,
Se torne um grande idiota!

VI

Esse modismo do politicamente correto
Quer punir quem não se comporta
E transformar, em um poste imóvel e reto,
O pobre do João da vida torta!

VII

São tantas as leis sem qualquer nexo
Que a qualquer momento o legislador ataca
E cria uma dessas leis proibindo o sexo
Entre o porco e a porca, ou o touro e a vaca!

VIII

Essa história do politicamente correto
É, na verdade, um pé no saco.
Pode, eventualmente, tornar o homem reto
E fazer do mundo um lugar chato!

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